sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Debates movimentam e propostas encerram o primeiro dia da Assembleia Arquidiocesana de Pastoral 2012



Em que realidade estamos inseridos? A provocação abriu os debates na tarde da quinta-feira (15), na Assembleia Arquidiocesana 2012. O professor Aerton Alexandre coordenou o debate entre o vigário episcopal do Vicariato Olinda, padre Sandro Corazza e o professor Degislando Nóbrega. Ambos apresentaram um pouco do contexto mundial, abordando temas como economia, ecologia e a formação das famílias.

Sob a ótica do “Ver”, “Julgar” e “Agir” antes da construção de um plano pastoral que atenda as necessidades da missão evangélica, os debatedores situaram os participantes, destacando a sociedade pós-industrial em que vivemos. De acordo com o professor Degislando Nóbrega, um modelo social extremamente baseado na questão econômica e suas vulnerabilidades. “Essa transição de uma sociedade industrial para a pós-industrial nos trouxeram mudanças e consequências que não podem ser ignoradas. Fomos colocados em três categorias de trabalhadores, os incluídos, o grupo de risco e os excluídos. Para todos a missão deve estar voltada a fim de que alcancemos a igualdade e a fraternidade”, disse.

Diante do desafio, o professor reforçou o protagonismo cristão como alternativa a esse desenho de sociedade. “A crise ecológica que vivemos é um exemplo claro da relação que se estabelece entre o homem, os bens de consumo, a natureza e o capital. Nós devemos ser críticos a esse tipo de modelo”, afirmou Nóbrega.


O coordenador arquidiocesano de pastoral, padre Josenildo Tavares, ressaltou que todas essas questões devem ser levadas em consideração por aqueles que, de fato, querem ser uma igreja missionária. “Não se pode pensar um plano pastoral do além. Pastoral se faz com pessoas e essa é a nossa realidade, cada vez mais dinâmica. Essa exposição nos traz um questionamento: A nossa metodologia pastoral está alcançando a sua meta?”, declarou.

A partir da análise, o vigário geral da Arquidiocese de Olinda e Recife, monsenhor José Albérico de Almeida e o vigário episcopal do Recife Norte 1, frei Joaquim Luz, levaram aos participantes as ideias de como ser Igreja no contexto atual. “É preciso a partir dessa reflexão que olhemos para nós mesmo e avaliemos o que estamos fazendo e como estamos fazendo pastoral? Será que estamos levando Jesus ao outro. Não devemos perder de vista que antes de mais nada devemos ser uma Igreja em estado permanente de missão”, argumentou.

No final da tarde, o professor Aderson Viana apresentou cinco urgências para o desenvolvimento do plano pastoral da arquidiocese. Mais uma vez divididos em grupos, os participantes debateram os temas e propuseram ao menos duas propostas concretas para o agir pastoral. “O que está sendo produzido aqui não é para ser guardado, serão nossas estratégias nas paróquias para o crescimento da Igreja”, garantiu o padre Josenildo Tavares.

Da Assessoria de Comunicação AOR

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