“Dou graças a meu Deus todas as vezes que me lembro de vós. Sempre,
em todas as minhas orações, rezo por vós com alegria, por causa da vossa
comunhão conosco na divulgação do evangelho, desde o primeiro dia até
agora”. (FL. 1,3-5).
Inspirada pela carta amorosa e transbordante de ternura que Paulo
dirige ao povo de Filipos, pensei em cada um de vocês, catequistas, ao
refletir essa leitura durante a Celebração Eucarística que nós,
assessores, participamos todos os dias, aqui na CNBB.
Nesse mês missionário, somos convocados a REFLETIR a nossa vocação de
discípulo missionário, conforme nos aponta o Documento de Aparecida.
Muito mais que refletir, somos convidados a nos RE-ENCANTAR, isto é,
criar espaço para as moções do Espírito, entrar nesse movimento dinâmico
e inovador, deixar-se CONDUZIR para que o encantamento inicial, a
admiração, tome conta do nosso SER CATEQUISTA.
Que tal voltar às fontes e fazer memória desse CHAMADO, desse
ENCONTRO que marcou definitivamente a sua existência como catequista?
“Tenho certeza de que aquele que começou em vós uma boa obra há de
levá-la à perfeição até o dia de Cristo Jesus.” Fl 1, 6 Aquele que é
razão desse encantamento, Jesus Cristo, que um dia nos chamou pelo nome
lá onde nos encontrávamos, no cotidiano das nossas vidas, é fiel,
continua presente de uma forma discreta e sutil, é o Deus da caminhada,
da travessia, que pedagogicamente vai se revelando, é o Deus de Jesus
Cristo. Revela-se do seu jeito não do nosso, por isso é sempre
surpreendente e inusitado.
Como catequista, quais os SINAIS de Deus, da sua ação amorosa, que
lhe confirmam na MISSÃO? “É justo que eu pense assim a respeito de vós
todos, pois a todos trago no coração,porque, tanto na minha prisão como
na defesa e confirmação do evangelho, participais na graça que me foi
dada”.FL 1, 7 A filiação divina nos faz participantes da mesma GRAÇA,
somos filhos e filhas do mesmo Pai, irmãos de Jesus Cristo, irmanados
pelos laços do Espírito possibilitamos que a TRINDADE SANTA faça morada
em nosso corpo, em nossa existência e na fragilidade das nossas
limitações, expressamos a totalidade do amor de Deus.
Comungamos da mesma GRAÇA, que nos possibilita realizar a missão com
leveza e gratuidade, descobrindo em cada desafio, que o Senhor nos
capacita com seus dons. Na sua missão como Catequista, você se sente
agraciado, amado e capacitado por Deus? “Deus é testemunha de que tenho
saudade de todos vós com a ternura de Cristo Jesus. E isto eu peço a
Deus: que o vosso amor cresça sempre mais, em todo o conhecimento e
experiência, para discernirdes o que é melhor”. FL 1, 8-10. A relação
que Paulo estabelece com as comunidades é extremamente afetiva e terna,
sente saudade, porque criou laços...Preocupa-se, porque sabe das
dificuldades e das limitações humanas, por isso, exorta-os para que o
amor cresça, supere as diferenças e seja determinante nas escolhas.
Aprendemos de Paulo, que a vocação é expressão do amor de Deus e que o
seguimento a Jesus Cristo concretiza-se nas relações que somos capazes
de estabelecer com os outros. Será que a nossa catequese é capaz de
possibilitar momentos de interação, de partilha, onde se acolhe e
respeita o SER do/a catequizando/a na sua totalidade? Qual a nossa
postura como catequistas, diante de uma sociedade discriminatória e
excludente? Querido/as catequistas, agradecemos pelos catequistas
discípulos missionários, DOM-GRAÇA, derramada sobre as nossas
comunidades como expressão da fidelidade Daquele que vos chamou.
Pela Comissão, Ir. Zélia Maria Batista, CF. |
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